Imagens
SAMAE (SERVIÇO AUTÔNOMO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO)
Acervo Foto Paladini
Prédio foi inaugurado em 1947 e passou a ser SAMAE em 1970
HISTÓRIA DO PRÉDIO
O prédio do serviço de abastecimento de água e esgotos sanitários foi inaugurado em 1947, a 12 de janeiro, na gestão de Ibrahim Carlos de Camargo Madeira e o projeto fora pensado e iniciado durante a administração de Olegário Camargo. Todavia, é na administração de Antônio Romano Schincariol, em 1970, pela Lei de nº 954, que houve a criação do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SAMAE), que deu o nome ao prédio.
TRATAMENTO DA ÁGUA
Em relação ao tratamento de água havia um sistema antigo de captação da água do rio Tietê através de bombas e essa era enviada à estação de tratamento, na qual passava por um processo de filtragem para a eliminação de resíduos e impurezas e aplicação de produtos químicos para atender às normas técnicas brasileiras e em seguida, era distribuída para os bairros. O processo de captação do rio e tratamento durou até a década de 1960.
Nesse aspecto, teve destaque a “Casa de Bomba”, local cujo sistema fora fundamental ao abastecimento do município no início da modernização urbana: tinha uma estrutura elevada sobre o rio e nela, um motor que movimentava através de um cano de concreto armado, pelo processo de sucção, a água do Tietê, a qual era direcionada à rede de distribuição para tratamento. Fora inaugurada possivelmente em 1917.
Atualmente, o sistema é feito por captação de água há 300 metros de profundidade de poços artesianos, provenientes do aquífero Tubarão, de onde se retira por hora entre 10 a 50 m3 de água através de bombas que a envia para a rede, na qual é tratada (clorada) e direcionada aos reservatórios e posteriormente, distribuídas aos bairros. Em Tietê, há 12 sistemas de captação ativos de água e 32 poços artesianos.
TRATAMENTO DE ESGOTO
Tietê trata cerca de 47% do esgoto gerado e tem 4 estações em funcionamento (Central, Povo Feliz, Bertola, Terra Nova) e 2 que estão em processo de construção e ampliação (Central e Bela Vista).
No que diz respeito ao tratamento de esgoto, é importante destacar o Ribeirão da Serra, o qual tem uma configuração intermunicipal e sua nascente se dá em Cerquilho e o seu “desague” no rio Tietê. A água de chuva é escoada nele, que é caminho natural de esgoto: um emissário que faz a coleta e todo escoamento é realizado no local.
Segundo dados IBGE de 2017, na pesquisa nacional de saneamento básico, acerca do abastecimento de água e do esgotamento sanitário por rede coletadora no município, se sublinha: “a extensão total da rede de distribuição de água é de 150 km; o volume de água tratada distribuída por dia é 15.000 m3.
Data de Publicação: 19-01-2024
IGREJAS MATRIZES VELHA E NOVA
Acervo Foto Paladini - Fotografia: Francisco de Assumpção (Chiquinho Coqueiro)
Prédio da Matriz Velha foi inaugurado em 1816 e sua construção teve início em 1814. A história da elevação de Pirapora do Curuçá à freguesia e a da instalação da Paróquia estão interligadas. Prédio da Matriz Nova foi inaugurado em 1905 e é repleta de representações artísticas
A história das igrejas matrizes do município de Tietê, antigas Vila e Freguesia de Pirapora do Curuçá, está intrínseca às evoluções demográficas e geográficas que o território demandou no começo de seu desenvolvimento urbano. Pertencente à Vila de Porto Feliz, a pequena Pirapora do Curuçá dependia da provisão religiosa da paróquia daquela, sendo as missas realizadas por padres de modo itinerante e irregular em uma casa na rua Porto Geral. Esse fator, o das irregularidades, foi essencial para a insatisfação dos fiéis com a administração da matriz, o que os levou a um apelo direcionado à sede da coroa (Rio de Janeiro) por meio de D. Matheus de Abreu Pereira, 5º bispo da Arquidiocese de São Paulo.
Após a autorização da coroa para a elevação da vila à freguesia(1), de modo concomitante, houve um aceite para a instalação da Paróquia do Sacramento da Santíssima Trindade2, com registro assentado no livro do Tombo da Igreja.
A elevação de Pirapora à freguesia/distrito (Lei Provincial nº 24) em 1811 (3) proporcionou a instalação da Paróquia da Santíssima da Trindade e, por conseguinte, a construção da primeira Matriz (Matriz Velha), iniciada em 1814 e concluída em 1816. Poucos registros existem acerca do prédio, todavia, Benedicto Pires de Almeida assinala acontecimentos significativos: o primeiro batizado (1812), de uma menina de nome “Maria”, realizado pelo vigário Manoel Paulino Ayres, o registro do primeiro óbito na freguesia, de um negro escravizado de nome “Pedro”(4), a primeira visita pastoral(5) (1814) e a instalação da Irmandade do Santíssimo Sacramento(6) e seu termo de posse (1866)(7).
Em 1906, por solicitação do Intendente Joaquim Corrêa de Toledo, fora realizada uma vistoria na Igreja pelo engenheiro civil Theodoro Antunes Maciel, o qual detalhou em laudo as condições estruturais, tendo considerado a administração pública da época ser necessário o arrasamento (demolição) predial. O principal registro fotográfico da Matriz Velha foi feito pelo primeiro fotógrafo de Tietê, Chiquinho Coqueiro.
Interessa observar que, ao longo do XIX já se vislumbrava a construção de uma nova Matriz, isto é, a história das duas matrizes se entrelaçam em termos temporais, como é salientado por Pires: em 1858, houve a escolha do terreno, próxima ao antigo Largo dos Curros (atual Praça Dr. Elias Garcia); em 1881, fora inaugurada no terreno a pedra fundamental, tendo sido também realizada sua benção(8), fato notificado em ata dos registros da Igreja; em 1882, ocorrera a paralisação das obras por falta de recursos financeiros, sendo as mesmas retomadas somente uma década depois(9); em 1895, por fim, se concluíra a cobertura da Matriz Nova, evento lavrado no livro do Tombo; em 1904, houve a provisão de benção e a sagração do templo pelo vigário padre Vicente Letieri(10).
Em 1905, a 15 de abril, houve a transladação das imagens que existiam na Matriz Velha para a recém-inaugurada. O fato foi realizado em procissão solene. A partir do dia 16 de abril as celebrações passaram a ser novo templo. Em 1906, a Matriz Nova, como fora denominada popularmente na época, recebia a doação de imagens de Nossa Senhora de Lourdes e do Coração de Jesus, por Antônio de Toledo Lara e Rodolfo de Lara Campos. Estiveram presentes para a transladação das imagens da estação ferroviária à Matriz a população, a Irmandade do Coração de Jesus, o pároco, crianças e a Banda S. Benedito. Em 1908, ocorria nova transladação de imagens.
Acerca da estrutura e da estética da Matriz Nova, Theodoro Antunes Maciel, diretor técnico responsável disse na ocasião da benção da capela-mor (1907)(11): “a arquitetura exterior [...] obedece ao mesmo estilo do corpo do templo, isto é, à arquitetura romana”.
Com a modernidade e os avanços da ciência, a cidade passou a ser iluminada por energia elétrica, substituindo os antigos lampiões. É em 1910 a inauguração da luz elétrica no prédio, o qual fora anunciado na edição de 06 de março d’OTietê, apresentando em detalhes a disposição das lâmpadas internas e externas: “dois lustres com 3 lâmpadas cada um, e de mais 24 lâmpadas distribuídas pelos lados da igreja, altares e capela-mor”.
Quanto às reformas estruturais, ocorreram modificações a partir da década de 30, tendo a Matriz a sua primeira em 1932. No ano de 1933, em visita pastoral, D. Aguirre, bispo diocesano de Sorocaba declarou sobre o prédio: “preciosos altares de mármore”. Em 1936, há o pedido de construção da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e da Capela do Calvário, realizada pela União das Filhas de Maria. O piso interno, por sua vez, de ladrilho hidráulico com desenhos geométricos e coloridos foi assentado em 1937. Por conseguinte, a nível litúrgico é relevante mencionar que, no ano de 1938, houve um evento singular e relevante que interditou os ritos na Matriz Nova, sendo as celebrações transferidas para a Capela de S. Benedito: o roubo do cibório de outros objetos sacros de ouro do altar revoltou a população, tendo sido o fato informado pelo então pároco, Cônego Bacilli, à autoridade competente, o bispo diocesano. Em 1944, todavia, se encontrou a custódia (ostensório) no quilômetro 160-161, entre Tietê e Laranjal, que fora devolvida por João Batista da Cruz, encarregado da Estrada de Rodagem.
No início da década de 40, a Igreja contratou o artista espanhol Elizeu Pérez Valdéz para realizar a pintura da imagética sacro-cristã do interior do altar, do teto da assembleia e das laterais dos arcos (duas representações que foram apagadas a posteriori). A decoração de florais, bordas, arabescos e os monogramas cristológicos foram realizadas no mesmo período por Manolo. Em 1968, houve a conclusão da pintura do altar-mor, feita por Bruno Di Giusti, renomado artista plástico italiano, a qual viria a substituir a imagem da S.S. Trindade e a primeira pintura, tendo em perspectiva a recomendação do Concílio do Vaticano II, no início da década(12).
Outra grande reforma e restauro ocorreu em 2005. Em 2023, véspera do centenário da presença e diretoria da Arquidiocese de Sorocaba na Matriz, realizou-se a substituição total do telhado e madeiramento interno e o restauro parcial das pinturas, dos arcos e das colunas.
ARTISTAS E RESTAURADORES
Nave principal, coro e presbitério
1941 – Elizeu Pérez Valdez, pintor espanhol e Manolo, decorador brasileiro
A primeira pintura e decoração da Matriz Nova foi realizada em 1941 pelo pintor espanhol Elizeu Pérez Valdéz e pelo decorador brasileiro Manolo. Desde o teto da assembleia e do coro até o altar há a expressividade dos artistas. De Valdéz, o sublime inicia seu percurso com um panorama simbólico da vida pública de Cristo até sua ressurreição: o batismo, a morte, a aparição a dois discípulos na estrada de Emaús e sua ascensão ao Reino dos Céus, intercalados com símbolos da celebração que antecedeu seu sacrifício e a união entre Pai, Filho e Espírito Santo; ao fundo, o magistral coro ao alto, o qual apresenta o ícone de Santa Cecília, padroeira dos músicos. No altar, Valdéz realizou três pinturas, uma das quais, todavia, fora substituída por outra anos depois, por recomendação de Roma após o Concílio do Vaticano II, o quadro “A Anunciação”; nas laterais do presbitério, à esquerda, se nota a representação de “O Dia de Pentecostes” e à direita, o de “A ressurreição do Senhor”; no teto, a mais notável pintura de Valdéz na Matriz, isto é, os quatro evangelistas e os animais correlatos: Mateus, na figura do ser humano; Marcos, o leão; Lucas, o touro; João, a águia. De Manolo, por sua vez, nota-se toda a parte decorativa, em particular, os monogramas cristológicos: o ΑΩ, as letras gregas maiúsculas alfa e ômega, referência a Jesus Cristo, primogênito da criação do Eterno, contida no livro de Apocalipse (“Eu sou o Alfa e o Ômega”), representando o princípio e o fim do tempo e espaço; o JHS, do latim Iesus Homini Salvatore, vertido para o português “Jesus, Salvador dos Homens” e o VM, inscrição da Virgem Maria (Virgo Mariae).
Presbitério – Capela principal e laterais
1968 - Bruno Di Giusti, pintor italiano
No presbitério, atrás do altar-mor, há uma representação pictórica emblemática do artista italiano Bruno Di Giusti, a “Santíssima Trindade”, realizada no ano de 1968 em substituição à “A anunciação” de Valdéz. A pintura atendia às recomendações de Roma a partir das novas regras estabelecidas no Concílio do Vaticano II (1962-1965) e por essa razão, houve a retirada da imagem de S.S. Trindade e das demais da capela-mor, dando ênfase à imagem de Cristo.
Na parte inferior, anjos elevam a cruz com o Cristo; na parte mediana, dois anjos carregam a cruz e ao centro, Deus segura a cruz; acima, a presença da pomba, símbolo do Espírito Santo; na parte superior, anjos proclamam a unidade no listel a divisa com a inscrição “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”, metáfora do sacrifício e do propósito de Deus através do resgate de seu filho oferecido à humanidade e da ascensão do Filho ao reino espiritual, cujo domínio foi dado a ele.
Ademais, é relevante salientar que, duas de suas obras, feitas em telas, decoraram as laterais do presbitério por um período: Encontro das Canoas (1983-84) e Visita do Divino Espírito Santo (s/d)(13), as quais foram retiradas a posteriori e aguardam restauro. As telas cobriam as pinturas de Elizeu Pérez Valdéz, pintor espanhol contratado em 1941.
Nave principal – capelas laterais
2005 - José Roberto Pereira, artista sacro mineiro
Nas capelas laterais (à assembleia), encontra-se a expressão artística de José Roberto Pereira, pintor mineiro, de Pouso Alegre. O artista é um dos principais representantes da arte sacra no Brasil e faz parte da Academia Brasileira de Belas Artes. A capela da lateral esquerda: trata-se da assunção de Nossa Senhora Mãe de Jesus, que fora elevada após sua dormição aos céus de corpo e alma por Cristo, na presença de anjos e acima, se nota a representação da Trindade nas figuras de Deus Pai, Deus Filho e do Paráclito, o Espírito Santo, que a aguardam com a coroa, pois que Maria é tida como a rainha dos Céus e da Terra. A capela da lateral direita: a representação da ascensão do Senhor Jesus, o qual sobe aos céus na presença de seus 12 discípulos e de sua mãe, Maria. A cena, na narrativa bíblica, ocorre após o sacrifício, a ressureição e os 40 dias terrestres. Na Capela do Santíssimo, ao lado do presbitério, encontra-se o sacrário e ao fundo, a representação de anjos que glorificam a Jesus. As pinturas foram realizadas em 2005 e contém a representação na Capela da Ascenção de Jesus de um dos apóstolos, cuja imagem do rosto é do Padre Pereira, antigo pároco da Matriz.
Ao lado direito do presbitério, a Capela de Nossa Senhora Aparecida: o detalhe do piso de pedra polida, onde corre um rio em direção à imagem da santa, representando sua origem e a devoção popular. Os vitrais(14) laterais narram a história ocorrida no rio Paraíba do Sul, em 1717, em cujo leito pescadores encontraram a relíquia.
A Igreja Matriz de Tietê passou por algumas reformas durante o último século, tendo sido relatada na Cronologia Tieteense, duas: a de 1933 e a de 1968(15). No período mais recente, em 2005, o templo teve a colaboração de ilustres artistas e restauradores sacros: o restaurador Paulo Elias Sobrinho, conhecido como Paulo Tigela; as restauradoras Neila Securato e Fátima Lobenwein (colunas internas do presbitério e da nave principal), José Roberto Pereira, artista mineiro e Letícia Ballardini, artista tieteense.
Corredores laterais, Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e Capela do Calvário
Marino Del Fávero, artista sacro italiano
Os corredores com arcos ao lado da nave da assembleia contêm as imagens de diversos santos. Através de uma reprodução fotográfica de um cartão postal antigo sem data(16) (Colonvist) do acervo pessoal de Paulo Tigela, é possível identificar no presbitério a presença de estátuas de alguns santos. Posteriormente, as imagens foram sendo relocadas para os corredores e para as capelas laterais. De gesso e à tinta óleo, foram confeccionadas por Marino Del Fávero, importante escultor, entalhador e fabricante italiano presente na arte sacra na Belle Époque paulista(17). Nas laterais da nave principal, encontram-se um universo introspectivo e contemplativo, o qual pode ser divido por espaços singulares, isto é, a beleza sublime das imagens sacras adentra os arcos do fundo às capelas frontais: à esquerda, a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, a imagem de Lourdes, a de Santa Margareth; a Capela de Nossa Senhora do Rosário, a imagem da santa; no corredor, as imagens de Santo Antônio, de São Judas Tadeu e de São José; à frente, na Capela do Santíssimo, a do Menino Jesus de Praga. Na ala direita à nave, o altar do Calvário, com o Cristo Crucificado, Maria Madalena e Nossa Senhora das Dores (Mater Dolorosa) e São João Evangelista; O Cristo Morto adjunto da imagem do Senhor dos Passos (Cristo com a Cruz); na Capela da Ascensão, as imagens N. Senhora da Piedade, Sagrado Coração de Jesus, Santa Margarida Alacoque; no corredor, Coração Sagrado de Jesus e São Pedro. As mesmas passaram por restauros de Paulo Tigela e a de S.S. Trindade, de Letícia Ballardini no ano de 2005 e 2023.
Porta e piso externo
Sérgio Guadrini e Oscar Fabri
A pedido do pároco Emílio Grando, em 1976, o desenho do piso externo foi projetado pelo professor e artista plástico tieteense Sérgio Guadrini, cuja representação é da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.
A porta da Igreja foi projetada por Óscar Fabbri, artista tieteense em 1905(18).
(1) 03 de agosto de 1811: data do alvará régio da criação da Freguesia de Pirapora, p. 714, Cronologia Tieteense; 11 de outubro de 1812: data da instalação da Freguesia do Santíssimo Sacramento da Trindade de Pirapora.
(2) a) “A nova paróquia foi instalada a 12 de setembro de 1812 com posse do vigário nomeado Pe. Manoel Paulino Ayres” (Cronologia Tieteense, no texto de 03 de agosto de 1811). 2. b) Texto “Tietê vista em 1900, publicada por um colunista n’O Tietê, edição de 4 de janeiro de 1904, menciona: “Criada Freguesia por alvará régio de 03 de agosto de 1811, instalou-se a paróquia em outubro de 1812”.
(3) “A nova paróquia foi instalada a 12 de setembro de 1812 com a posse do vigário nomeado Pe. Paulino Ayres”, em outubro de 1812. (Cronologia Tieteense, p. 714). Ademais, consta no livro de registros elaborado por Dom Aguirre, 1º Bispo de Sorocaba, um documento póstumo ao evento, com levantamento acerca do período de criação da paróquia da freguesia e de posse do primeiro vigário, Paulino Ayres, o qual atesta a referência de Benedicto Pires de Almeida. (Documento levantado pela autora deste texto, Jaqueline de Oliveira Cuba, em visita ao Arquivo da Cúria da Arquidiocese de Sorocaba, em janeiro de 2024).
(4) Idade de 30 anos, escravo do Tenente Mathias Teixeira; recebeu os sacramentos da penitência e a extrema-unção e foi enterrado a pedido do vigário Ayres no antigo cemitério da “Praia Grande”.
(5) Visita pastoral feita por Dr. Antônio Joaquim de Abreu Pereira, visitador da diocese, “chandre da Sé, catedral da cidade de São Paulo”, que exortou aos fiéis terem ânimo e darem ofertas para o término do oratório, bem como da necessidade de fazer o cercamento do cemitério para se evitar a abertura das sepulturas por animais. A Cronologia Tieteense (p. 675) menciona também uma tabela de emolumentos para sepultamentos na Matriz Velha e ao redor, implementada em meados do século XIX.
(6) A Irmandade do Santíssimo Sacramento “tinha à disposição recursos provenientes da renda de jóias e anuidades dos Irmãos da Mesa”. As missas, na altura, eram celebradas às quintas-feiras e na Semana Santa.
(7) É importante salientar que a imagem da padroeira S.S. Trindade foi enviada por Ayres em 1851, quando o vigário já havia se retirado da atividade eclesiástica. (Conforme Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, em artigo elaborado por Benedicto Pires de Almeida, a saber, em Breve notícia: Sobre a Paróquia de Tietê e seus vigários).
(8) Na Ata de Benção consta que a solenidade fora realizada conforme o rito de Paulo V; a inauguração da pedra fundamental ocorreu no dia da comemoração da festa da Anunciação de N. Senhora (25 de março de 1881).
(9) Em 1892, os empreiteiros Phillipp Hartenbach e Bernardo Brotherton Harcher foram contratados para a construção da Nova Matriz.
(10) A 1 de junho de 1904, houve a transferência do S. Sacramento para da Matriz Velha para a Nova, às 17, acompanhada de uma multidão de fiéis. As cerimônias solenes duraram do dia 1 ao dia 10 de junho. Uma comissão fora organizada para a festa “Corpo de Deus”. Para realizar diversas conferências se convidou o orador sacro, o Rev. Arcediágo Dr. Francisco de Paula Rodrigues, noticiada n’O Tietê daquele ano, na edição de 5 de junho.
(11) É importante ressaltar que no ano seguinte (1908), a administração geral da paróquia passou a ser feita pela Diocese de Botucatu. O fato se deu através de uma bula papal de Pio X, denominada Diocesium Nimum Amplitutinum, na qual é possível verificar a decisão acerca do desmembramento da Diocese de São Paulo. É apenas no ano de 1924, a 4 de julho, por intermédio da bula papal de Pio XI, denominada Ubi Preasules, que se determinou a criação de “duas novas circunscrições eclesiásticas no interior de São Paulo”, sendo uma delas a da Diocese de Sorocaba. Por meio de bula pontífica Comissum Humilitati, José Carlos Aguirre foi escolhido para ser o primeiro bispo diocesano.
(12) Primeira missa rezada em português na Igreja Santíssima Trindade foi no dia 16 de agosto de 1964. (CT, 757).
O Sacrosanctum Concilium (1963-1965) tratou de diversas alterações referentes à liturgia e outros aspectos da vida religiosa na Igreja como um todo, incentivando uma maior abertura e modernização da instituição em relação a vivência dos fiéis. Duas das principais mudanças foram: a celebração da missa do latim à língua vernácula (língua portuguesa), os cantos litúrgicos e a interação dos padres com a assembleia, pois que antes esse rezava de costas para o público.
“Na III Sessão pública, celebrada no dia 4 de dezembro de 1963, o II Concílio Ecumênico do Vaticano aprovou a Constituição sobre a sagrada liturgia”, firmada por Paulo, bispo da Igreja; vide capítulo VI, acerca da música sacra.
(13) A arte sacra de Bruno Di Giusti: Comunicação e Cultura na Catedral de Sorocaba, de Giselle Neves Moreira de Aguiar: Cenas de 1830, da epidemia de febre amarela retratada por Giusti no quadro A visita do Espírito Santo.
(14) Os vitrais da Capela N. Senhora e de toda a Matriz foram idealizados e fabricados por Geukas Vitrais.
(15) Participaram do desenvolvimento das texturas marmorizadas no ano de 1967, Geraldo e Eládio.
(16) Cartão Postal: data provável do registro fotográfico entre 1941 a 1967 (após a primeira decoração e antes da alteração na pintura atrás do altar feita por Giusti em 1968).
(17) Marino Del Fávero, um escultor e entalhador italiano na São Paulo da Belle Epoque, de Cristiana Antunes Cavaterra.
(18) Porta “delineada pelo hábil arquiteto Dácio de Moraes [...] cujo desenho obedecia ao estilo Renascença Puro [...]” trabalhada pelo entalhador Óscar Fabbri.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Acervo de Fotos Paladini.
Acervo pessoal do restaurador Paulo Elias Sobrinho (Paulo Tigela). Acervo pessoal de Maria Olívia de Toledo Rodrigues Cláudio.
Arquivo da Secretaria de Obras do Município de Tietê.
AGUIAR, Giselle Neves Moreira. A arte sacra de Bruno Di Giusti: comunicação e cultura na Catedral de Sorocaba: Sorocaba, 2013.
ALMEIDA, Benedicto Pires de. Breve notícia: Sobre a Paróquia de Tietê e seus vigários. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, a.**, v.**, p. 103 -120, mês. 19??
ALMEIDA, Benedicto P. Cronologia Tieteense: (História do Município de Tietê e da Cidade de Tietê, SP, de 1783 a 1978). São Paulo: Milesi, 1980. 2v., il, 23 cm.
CAVATERRA, Cristiana Antunes. Marino Del Fávero, escultor e entalhador (1864-1930). 499 p. Dissertação (Mestrado em Artes) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Instituto de Artes, 2015.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de Símbolos. 16º edição: José Olympio Editora, 2001.
GIUSTI, Bruno De. A visita do Espírito Santo, s/d. Pintura sobre tela. (Acervo Prefeitura Municipal de Tietê)
GIUSTI, Bruno De. Encontro das Canoas, 1984. (Acervo da Prefeitura Municipal de Tietê)
PAPA PAULO VI. Constituição Conciliar Sacrosanctum Conciulium sobre a sagrada liturgia. Vaticano: 2013. Não paginado. Disponível clicando neste link. Acesso em: nov. 2023.
Data de Publicação: 19-01-2024
TEATRO "CARLOS GOMES"
Acervo Foto Paladini - Fotografia: Francisco de Assumpção (Chiquinho Coqueiro)
Inaugurado em 1884, o teatro Carlos Gomes, extinto na década de 40, foi palco de diversas atividades artístico-culturais na transição do regime monárquico para o republicano
O apoio e patrocínio de Theotônio Rodrigues de Lara Campos (Prefeito e Presidente da Câmara), importante comerciante e político tieteense, foi fundamental para a construção do teatro, local único na cena cultural finissecular. O teatro foi inaugurado em 1884 e em 05 de outubro de 1886 recebeu o nome “Carlos Gomes”, em homenagem ao mais importante operista brasileiro, o primeiro a ter suas obras apresentadas no cenário internacional.
O prédio cultural que abrigou as primeiras manifestações artísticas na cidade Tietê, foi um relevante espaço para a interiorana Tietê: de peças teatrais, apresentação de teatro revista, recitais de poesia, abrigo do primeiro cinema até palanque de discursos políticos e reuniões de grupos artísticos relevantes para à cena artística local entre o fim do XIX e início do XX.
No século XIX, acerca do Teatro Carlos Gomes e da arte dramática, a Cronologia destaca a existência de um grupo amador teatral, denominado Sociedade Dramática União e Progresso, pioneiro na cidade fundada em 1873 por Lucas de Lima, ator e autor de peças diversas. Também sublinha a importância de Virgínio Marques, ator (Grupo Lucas de Lima) e pintor de cenários destinados às peças representadas no Carlos Gomes e de João Marques, autor teatral de êxito, jornalista dedicado à imprensa e abolicionista assíduo na luta pela libertação dos negros.
Outros dados acerca do funcionamento e da manifestação cultural no XX são apontados na Cronologia Tieetense, os quais se menciona em síntese a seguir: instalação no teatro do cinematógrafo “Lumière”, de José Martinelli; a representação do teatro de revista A festa do Espírito Santo, em Tietê, de João Marques, pela Companhia Teatral Judith Rodrigues (1903); a apresentação da peça de teatro em três atos Orgulho abatido, de Brasílio Marques (1904); o teatro de revista Tietê em cena, de João Marques, pela Companhia Candelária Couto (1905); a representação do drama Infortúnio de um fiel da Armada e da comédia Simplício, o Castanho e Companhia (1905), do Grupo Dramático Luiz Gama; apresentação da peça dramática Perdão de El Rei (1907); início do cinema no Teatro Carlos Gomes assinalado pelo jornal O Tietê, pela empresa Cinematográfica Paulista, que alugou o espaço para a instalação de um cinematógrafo (Pathé) com oferta de programação semanal à cidade (1908); apresentação da peça teatral de Cornélio Pires Sacrifício das flores, composição em versos de metrificação variada (1910); Inauguração da iluminação no teatro e apresentação do Grupo Dramático Lucas de Lima, com o drama Ghigi, em três atos; instalação do cinema Gaumont, de propriedade de Francisco de Alvarenga Assumpção (1911); apresentação das peças de teatro amador intituladas Arthur, o jogador e Valentes e medrosos, pelo Grupo Dramático Filhos do Trabalho (1914); a fundação do Centro Artístico de Tietê, com direção de Luiz de Castro Azevedo (artística) e de Ângelo Luiz da Silveira (orquestra) (1932).
O Teatro “Carlos Gomes” foi demolido em 1941, onde hoje está situado outro prédio, o da Câmara Municipal.
Data de Publicação: 19-01-2024
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
Prédio da Santa Casa foi inaugurado em 1914 e seu projeto inicial foi do arquiteto Dácio de Moraes
Em 1898, a 22 de maio, foi fundada a Sociedade Beneficente de Tietê, órgão mantenedor da Santa Casa de Misericórdia. A casa (de números 4 e 6) adquirida para a atuação da sociedade se situava no final da Rua Direita (atual Lara Campos) em cruzamento à Rua Marechal Deodoro (atual Antônio Nery) comprada diretamente de Romão P. Lourenço, por 14 réis. No mesmo ano, a 21 de junho, foi aberta à população o atendimento ao hospital.
Segundo Benedicto de Almeida, o local se situava “em um lugar alto e aprazível” e embora o prédio não tivesse construído para ser hospital oferecia “acomodações suficientes à necessidade da população”. O prédio continha: 2 enfermarias para homens, duas alcovas onde dormiam a enfermeira e o ajudante; uma sala de jantar que servia de escritório e de sala de visitas; 2 enfermarias para mulheres, o quarto da agonia, no qual se encontrava um oratório e um crucifixo; uma dispensa e um quarto à cozinheira; para o quintal, havia um quarto imenso, onde se dividia em dois: parte utilizado para o necrotério e parte para o quarto de observações.
Em 1910, teve início a construção de um novo prédio o do Hospital da Caridade, o qual fora inaugurado em 10 de maio de 1914, situado na Rua Aurora (atual Tenente Gelás). Sua arquitetura tem o estilo neoclássico. O projeto arquitetônico do prédio foi elaborado por Dácio de Moraes.
A inauguração do prédio foi noticiada no periódico O Tietê, de 17 de maio e fez referência à publicação em outro de maior alcance, o Correio Paulistano, de 10 de maio, sob o título “Progressos no interior”. Discursou na ocasião o Dr. Veiga de Castro, médico ilustre, exaltando a importância do edifício para o atendimento aos desamparados, aos mais pobres da sociedade e garantia de cuidados e refazimentos de diferentes enfermidades. A edição também fez menção aos diretores, aos provedores, aos funcionários, aos médicos e às irmãs da Divina Providência, os quais, nas diferentes fases da entidade, antes da inauguração do novo prédio, dedicaram-se em bem servir à população.
Em 1923, fora inaugurado o pavilhão “Conde de Lara”, destinado à “sala de operações”.
Em 1927, assumem a diretoria do hospital, as irmãs da Divina Providência, oriundas da Itália, tendo por primeira missão em cuidar de doentes e outros.
Já em 1944, teve início a construção da maternidade, a qual foi inaugurada em 1951.
Por conseguinte, em 1966, fora inaugurada a ala da pediatria.
Em 1977, fora inaugurada uma ala com 9 apartamentos mobiliados, a sala de gesso, consultórios e a de raio-X.
Em 1982, houve a inauguração do centro cirúrgico Dr. “Epaminondas Camargo Madeira”.
Em 1992, o escritório da administração foi transferido para o térreo do prédio anexo ao hospital, no qual também se inaugurou a cozinha e o refeitório.
Por fim, em 28 de março de 1999, foi inaugurado um novo Pronto Atendimento (PA) denominado “Enfermeira Maria Savassa Infante”, no qual se localizam a recepção, a sala de curativo, consultórios médicos, enfermarias de observação, sala de gesso, sala de ultrassonografia e sala de raio-x.
A Santa Casa de Tietê tem uma estrutura moderna e ímpar: considerada uma das melhores da região, atende à população local e de cidades arredores, tendo boa capacidade para leitos (67), sendo atualmente disponibilizados e em funcionamento 56, dos quais 19 são destinados à clínica médica do Sistema Único de Saúde (SUS), 15 à clínica médica do convênio e particular, 17 à obstétrica e 5 à pediátrica.
O hospital dispõe de uma vasta gama de procedimentos diagnósticos terapêuticos (exames de raio-x, de mamografia, de tomografia, de ultrassonografia, de cardiotocografia, de laboratórios, dentre outros), além de oferecer internações, consultas em diversas especialidades médicas, sempre com o apoio de profissionais preparados de diversas áreas (fonoaudiologia, enfermagem, farmácia, fisioterapia, nutrição e assistência social).
Formado por 17 membros voluntários, a assembleia geral da Santa Casa de Tietê tem uma equipe de dirigentes que atuam em conselhos, diretorias, secretarias, auditoria e na parte jurídica. Esse quadro permite uma administração eficaz às necessidades da cidade e regional.
Ao todo, são 208 profissionais da saúde qualificados e a serviço da população.
Data de Publicação: 19-01-2024
IGREJA DE SANTA TERESINHA
Igreja Santa Teresinha foi inaugurada em 1952 e foi projetada pelo renomado arquiteto Benedito Calixto de Jesus Netto
Em 1952, a 25 de dezembro, foi inaugurado o prédio da Igreja de Santa Teresinha. Sua construção foi iniciada em 1940 e teve a colaboração ativa dos munícipes. A planta foi projetada pelo arquiteto Benedito Calixto de Jesus Netto, o mesmo que realizou o projeto do Santuário Nacional de Aparecida e mais de 200 igrejas no território brasileiro. A Igreja Santa Teresinha é uma expressão da religiosidade e da fé católica na cidade.
A estrutura da Igreja é repleta de detalhes estéticos, sendo o resultado de uma expressão revivalista: na fachada há colunas de releitura neoclássica, um pórtico triangular e a escadaria que dá acesso ao átrio interno. Nas laterais, verifica-se em quadros de madeira, passagens da via-sacra. Na sala preparatória, encontra-se um vestiário, com roupas específicas para cada tipo de missa e livros. No presbitério, há a imagem de Santa Teresinha, feita de gesso e fibras. Ao lado, a capela do Santíssimo. Em guarda e restaurado, há ainda um ícone do Perpétuo Socorro do fim do século XIX e início do XX, feito na Itália, pintado a óleo sobre folha de cobre. No fundo, ao alto, nota-se um coro, que é utilizado para assentos dos fiéis. O piso da igreja é belíssimo e feito de ladrilhos hidráulicos que tornam o local mais convidativo para um momento de reflexão e fé.
Anexo à Igreja há o Teatro Santa Teresinha, com um auditório para até 400 pessoas e o salão de festas.
A Igreja abriga a Arquiconfraria do Perpétuo Socorro, irmandade que vive a espiritualidade consagrada à santa, se dedica o orar pelas vocações e organiza a festa à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Trata-se de uma fraternidade mais ampla e todo católico pode participar.
A Igreja ainda mantém contato com os oblatos redentoristas (título recebido pela congregação) e com os leigos missionários redentoristas (fiéis que recebem formação específica).
A padroeira da igreja é Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (1873-1897), da Ordem das Carmelitas Descalças (OCD), ramo da Ordem dos Carmo, fundada no século XII em Haifa, Israel. Teresa nasceu em Alençon e entrou para a ordem (Convento das Carmelitas) aos 15 anos, em Lisieux, na Normandia, norte da França. Em 1923 foi beatificada e em 1925 canonizada pelo Papa Pio XI. Em 1927 recebeu o título de patrona universal das missões católicas e em 1997 foi declarada Doutora da Igreja por João Paulo II. É conhecida por ser Santa das Rosas e da Santa Face. O lema da ordem a qual pertenceu Teresa é: Zelo zelatus sum pro dominus deo exercituum, que significa “Com zelo tenho sido zelozo pelo senhor Deus dos Exércitos”.
A Igreja celebra duas festas anuais: de Santa Teresinha (01 de outubro) e de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (27 de junho). A de Santa Teresinha se subdivide entre o tríduo (preparação de três dias) com missas mais alegres e a festa em si, que abarca a missa, a procissão com a imagem da santa e a celebração civil (comes e bebes). A de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de devoção dos missionários redentoristas, se subdivide em duas partes, a do tríduo (três dias preparação) e da festa.
As missas ocorrem diariamente, com horários diversificados: às segundas, terças, quintas e sextas, às 6h30 e às 19h; às quartas, às 6h30; aos sábados, às 16h e às 19h e aos domingos, às 7h30 e às 19h. Tem especial destaque as missas de quarta (Missa do Santíssimo) e de domingo (Missa da Catequese).
Data de Publicação: 19-01-2024
SEMINÁRIO REDENTORISTA
Prédio do Seminário dos Missionários Redentoristas foi inaugurado em 1937 e foi projetado pelo arquiteto alemão Carlos Dorfmüller. A construção teve colaboração ativa dos tieteenses, em especial, os da área rural
Prédio do seminário dos missionários redentoristas foi inaugurado em 1937, a 24 de janeiro, sendo uma expressão da religiosidade e da fé católica no munícipio. Tem a arquitetura e o jardim belíssimos. Sua importância se dá por abrigar seminaristas da irmandade redentorista desde 1936, oferecendo-lhes também formação teológica e filosófica.
Em 1935, o local era denominado “Quinta das Roseiras”. Em fevereiro de 1936, os redentoristas se instalaram em uma residência provisória e houve a aula inaugural; na adega havia o atendimento à população. Em maio desse ano, se iniciou a construção da primeira ala do prédio (Rua dos Expedicionários) e no seguinte ano, a 24 de janeiro, houve a inauguração. Em 1939, se deu o início da construção da segunda ala, inaugurada no ano seguinte. A aliança e o apoio colaborativo dos tieteenses, em particular os da área rural, propiciaram uma rápida e sólida edificação. O projeto arquitetônico foi assinado por Carlos Dorfmüller.
O seminário teve por objetivo primeiro ser um “seminário maior” (1936-1966) e oferecia a formação filosófica e teológica atendendo cerca de oitenta estudantes ao ano; em uma segunda fase (1966-1985), passou por diferentes etapas formativas e passa a ser denominado “seminário menor”. Em anos mais recentes (1985-2023) tem sido sede do noviciado redentorista, atendendo cerca de 15 seminaristas ao ano. A formação dos seminaristas se divide em três etapas (filosófica, noviciado, teológica) e tem um caráter mais interno.
A estrutura do prédio pode ser dividida em três áreas principais: um andar térreo (refeitório, biblioteca, quartos de hóspedes); primeiro piso (salas de catequese, capela e quartos dos noviços); o segundo piso (quartos e sala de convivência). No corredor principal é possível observar quadros com cenas das Sagradas Escrituras, de G. Fugel, pintor alemão especialista em temáticas cristãs. Para além das artes plásticas, encontra-se no prédio um raro e conservado piano germânico C. Bechstein.
No terreno no qual está instalado o prédio do seminário ainda é possível encontrar um jardim com um coreto e caminhos que levam à horta, ao pomar, ao eremitério, à quadra poliesportiva, ao campo de futebol e ao bosque.
A direção do seminário é realizada pelos próprios redentoristas.
O fundador da Congregação do Santíssimo Redentorista foi o napolitano Afonso de Ligório (1696-1787). Tendo se formado em direito civil e eclesiástico, já aos 16 anos exercia a advocacia e tinha a estima dos cidadãos por sua reputação e sua atividade profissional exemplares. Aos 30 anos inicia sua vida eclesiástica, sendo ordenado sacerdote da Igreja (1726) e dedicando-se a servir aos mais pobres. Em 1730, funda a Congregação do Santíssimo Salvador, que adiante passou a ser denominada Congregação do Santíssimo Redentorista (1749), ordem religiosa cuja missão era a evangelização dos humildes. Em 1762 é nomeado bispo de Santa Águeda dos Godos. Em 1839 foi canonizado e em 1871 proclamado Doutor da Igreja, ambos pelo papa Pio IX. Posteriormente foi declarado o “padroeiro celestial de todos os confessores e moralistas”.
No Brasil, a missão dos redentoristas teve início em 1893 através da província holandesa. Pouco tempo depois, em 1894, vieram os redentoristas da Baviera. Em Tietê, a atuação missionária se inicia em 1936 e tem origem alemã (congregação foi iniciada por Clemente Hoffbauer, sacerdote da igreja beatificado em 1888 pelo Papa Leão XIII e canonizado em 1909 pelo Papa São Pio X).
O lema redentorista é Copiosa Apud Eum Redemptio, que significa “Com ele há copiosa redenção”.
Data de Publicação: 19-01-2024
ESCOLA TÉCNICA DR. “NELSON ALVES VIANNA”
Prédio da escola “Nelson Alves Vianna” foi inaugurado em 1975, sob a administração do prefeito Oswaldo Rodrigues de Moraes e hoje é ETEC
Denominada Centro Interescolar Municipal de Tietê, a escola ofertava cursos técnicos de formação profissionalizante: de mecânica, de desenhista mecânico, de cronometrista e os supletivos de mecânico geral e torneiro mecânico, dentre outros. O primeiro diretor da escola foi Manoel Patrício do Nascimento e a instrução era ministrada professores do SENAI.
Os cursos iniciais anunciados na imprensa de 1975 foram os de mecânica, de eletricidade e de madeira para o primeiro grau e atendia a estudantes de cinco cidades: Tietê, Cerquilho, Laranjal Paulista, Porto Feliz e Boituva. Em 1976, passou a ofertar cursos profissionalizantes para o segundo grau.
Nessa época, o país passava por uma reestrutura na educação, a qual se pautava no desenvolvimento tecnológico em tese e cujo foco era a formação técnica, cívica e militar. Todavia, é do período o letramento instituído pelo Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), órgão que propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos, a qual incluía a aquisição de técnicas de leitura, de escrita e de cálculo, visando à erradicação do analfabetismo. Nesse sentido, a implantação de um centro educacional profissionalizante na cidade foi um projeto inovador e necessário à população e ao desenvolvimento industrial, econômico e social.
No entanto, é em 25 de junho de 1981, pela Lei nº 2918, que a escola passa a ser denominada “Dr. Nelson Alves Vianna”, se tornando também estadual de 1º e 2º graus. Nesse ano, houve a extinção dos cursos profissionalizantes e a mesma passou a ofertar a formação básica educacional nos três períodos: matutino, vespertino e noturno. A gestão estadual pertencia ao governo de São Paulo.
A partir de 2011, a escola passou a ser denominada Escola Técnica Dr. “Nelson Alves Vianna”, ofertando cursos de qualidade gratuitos e com boa inserção ao mercado de trabalho. Atualmente, a escola faz parte do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS), uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A Etec Dr. “Nelson Alves Vianna” foi criada pelo decreto estadual nº 56.419, a 19 de novembro de 2010, funcionando como uma extensão (classe descentralizada) da ETEC “Ary de Camargo Pedroso” de Piracicaba. Inaugurada em 10 de fevereiro de 2011 com atividades letivas, passou a ofertar dois cursos: Técnico em Administração e Técnico em Serviços Jurídicos, atendendo cerca de 70 alunos. Já em 2013, a escola passou a ter uma classe descentralizada em Conchas (Técnico em Serviços Jurídicos) e em 2014, em Pereiras (Técnico em Contabilidade). Por fim, em 2021, em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEDUC), houve a implantação do Programa NovoTec na Escola Estadual “Plínio Rodrigues de Moraes”, a qual pode ampliar a oferta de vagas para o nível médio e técnico. A escola é inovadora por oferecer ensino técnico profissionalizante a jovens e adultos e por prepará-los de forma teórica e prática para a atuação na área escolhida.
A estrutura predial da escola se subdivide em 3 áreas: o bloco 1, o bloco 2 e a área externa. O bloco 1 contém a sala dos professores, a coordenação, a diretoria de serviços, a direção, a secretaria acadêmica, dois laboratórios de informática equipados e modernos e quatro salas de aula. Também se encontra uma rampa de acessibilidade interna e à lateral há uma copa e um outro laboratório de
informática. No bloco 2, há o laboratório de química, cinco salas de aula, a área para exposições e workshops, uma sala de leitura compacta, de temática variada e atualizada e, por fim, uma sala maker (interativa) nas quais os alunos têm acesso a notebooks e podem criar, desenvolver projetos e protótipos.
A área externa, por sua vez, possui a quadra poliesportiva, dois vestiários, a sala de educação física; o almoxarifado; a cozinha, o refeitório e a cantina.
Atualmente a escola oferta a formação integrada de Ensino Médio a cursos técnicos (administração, desenvolvimento de sistemas e química) em período integral e atende em média a 115 alunos por ano e, Técnico em Comércio, o qual atende no período noturno cerca de 80 estudantes. O calendário da escola é semestral e a matrícula é efetuada nos meses de janeiro e julho.
O patrono da escola (Nelson Alves Vianna) foi professor, advogado, delegado de polícia e consultor jurídico da Presidência da Comissão-Interestadual da Bacia do Paraná-Uruguai. Foi também um dos primeiros superintendentes do Centro Paula Souza (CPS).
As aulas na ETEC de Tietê ocorrem nos três períodos: das 7h30 às 15h30 (cursos integrados), das 13h00 às 18h20 (Técnico em Química) e das 19h00 às 22h55 (Técnico em Comércio). Os cursos ofertados pela instituição têm variação conforme a demanda do munícipio a cada ano.
Data de Publicação: 11-08-2023
IGREJA PRESBITERIANA
O prédio da Igreja Presbiteriana de Tietê foi inaugurado em 1943 e é uma importante expressão da religiosidade protestante no município
Fundada em Tietê a 23 de agosto de 1896, a Igreja Presbiteriana tem especial destaque por abrigar a primeira comunidade protestante organizada na cidade.
O prédio que sedia a Igreja Presbiteriana de Tietê (também denominada Igreja Presbiteriana do Brasil) foi fundado em 1943, tendo sido sua construção iniciada em 1941. A comunidade protestante já tinha se estabelecido no século XIX no munícipio, tendo sido o primeiro culto na Câmara Municipal em uma casa inicial localizada à Rua Porto Geral. Denominada uma religiosidade de linhagem protestante, a igreja é do ramo evangélico na medida que anuncia o evangelho.
A história da Igreja Presbiteriana no Brasil se inicia com a chegada do missionário norte-americano Ashbel Green Simonton, considerado o fundador do presbiterianismo no país. Advinda da Presbyterian Church of America, a IPB é uma igreja tradicional (seguidora dos 5 pontos do calvinismo) e está direcionada sob três pilares: o confessional (Westminster), o constitucional (regras internas) e o conciliar (direção). O concílio é composto de um conselho, que elege os presbíteros docentes e regentes. Um presbítero docente que atue como reverendo pode ser eleito pela comunidade para um mandato de 2 a 5 anos, podendo ser reeleito; um presbítero regente é eleito para o exercício de um quinquênio. Em termos históricos, o reverendo iniciador da igreja no município foi Zacarias de Miranda, em 1896.
O prédio Igreja Presbiteriana de Tietê é dividido em dois pisos, nos quais se concentram os cultos. No primeiro piso, se encontra um órgão de madeira antigo e um outro mais recente, utilizado para a execução de hinos e músicas cantadas pelo coral e para as reuniões sociais. No piso superior, se encontra o local do culto, sendo esse revestido com piso de madeira peroba rosa. De belíssima fachada e de escadarias de pedra mineira, tem um estilo moderno e sua estrutura interna permite uma ótima projeção acústica.
A Igreja Presbiteriana de Tietê celebra 4 datas significativas: a Páscoa, o aniversário de fundação da comunidade (23 de agosto), a Reforma Protestante (31 de outubro) e o Natal.
A igreja tem 4 grupos atuantes na cidade: as sociedades domésticas (interna); a Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF), coordenada por mulheres; a UCP (União de Crianças Presbiterianas) e a Junta Diaconal, essa última importante na ação social no município.
A programação semanal da Igreja Presbiteriana de Tietê se subdivide em três dias: estudo bíblico (quarta-feira, às 19h), escola dominical (domingo, às 9h) e culto (domingo, às 19h).
Data de Publicação: 02-08-2023
EDUCANDÁRIO “ROSA MÍSTICA”
Educandário “Rosa Mística” foi fundado em 1935 pela Congregação Religiosa Católica das Irmãs da Providência
O prédio do educandário teve sua fundação em 1935. A construção levou cerca de 7 anos e contou com a colaboração ativa das Irmãs da Providência advindas da Itália, em missão no Brasil. A data exata da pedra de fundação é do dia 3 de outubro e na altura se inscreveu o local como “Novo Colégio Rosa Mística”. A construção se iniciou em 1929 e a inauguração como colégio ocorreu em 1931. No entanto, é em 1935 que a Madre Geral Adeodata Rizzi funda o local como um orfanato, denominado “Rosa Mística”, substituindo o colégio e atribuindo ao local objetivo original que era o de acolher e atender aos mais necessitados.
Nele encontra-se uma estrutura completa: no piso térreo há uma secretaria e a sala de atendimento; a entrada principal da capela; as salas administrativas; a coordenação social, o refeitório das irmãs e um memorial rico em detalhes históricos e bem elaborado pela Ir. Cecília de Nadai, com o objetivo de manter viva a história das Irmãs da Providência e sua primeira fundação no Brasil. Já no piso superior, se localiza a casa das irmãs. Anexo ao prédio principal se notam outras salas, as quais são destinadas às atividades socioeducativas e às oficinas: aulas de informática, de judô, de teatro e outras atividades. Também há salas para costura e bazar. A área ainda dispõe de um salão de festas, dois parques infantis, uma quadra esportiva.
Na capela, vê-se ao fundo uma réplica da imagem de Rosa Mística, santa que dá nome ao educandário. Ainda é possível apreciar diversas representações do fundador, Luís Scrosoppi, como uma linda pintura em azulejo no átrio interno.
O prédio é cercado por um belo jardim com flores, folhagens, árvores frutíferas, arbustivas e uma horta. No canto lateral, uma gruta com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernadete.
De modo oficial, desde 1935, o prédio teve por missão o acolher, o educar e o dar suporte às meninas órfãos abandonadas, promovendo a cidadania e a inclusão social. Todavia, o acolhimento como abrigo às meninas órfãs durou até 2006, e em consonância ao ECA o prédio foi reestruturado para ampliar o atendimento às crianças e aos adolescentes com o projeto “Semeando o Futuro”.
Atualmente, abriga a EMEB “Rosa Mística” (período integral) e incentiva projetos socioeducativos no contraturno da escola para meninos e meninas, sendo, como já mencionado morada de irmãs (madres) que atuam de maneira ativa na manutenção do local e nas oficinas.
O fundador da Congregação das Irmãs da Providência foi o sacerdote italiano Luis Scrosoppi (1804-1884), o qual teve por missão e objetivo acolher e educar as “derrelitas”, termo do italiano que significa “abandonadas”, em referência às jovens e às crianças abandonadas em Udine, Itália, às quais o padre se dedicou a cuidar durante sua vida.
Data de Publicação: 31-07-2023
IGREJA DE SÃO BENEDITO
Prédio da Igreja de São Benedito teve sua construção iniciada em 1871 e passou a abrigar a Irmandade de São Benedito, criada em 1868
Com traços e expressão artística no estilo barroco, sua arquitetura é única na cidade. O prédio foi construído pelos negros escravizados, que eram devotos do santo.
Benedetto nasceu em San Fratello, na Sicília, Itália e seus pais eram oriundos da Etiópia, país da África Oriental. A Igreja de São Benedito tem no altar o santo entalhado em madeira. Também há um belo quadro com inscrição em italiano “San Benedetto Il Moro”.
Há também na capela, na parte superior esquerdo do altar, uma lâmpada de 110 anos, que é acesa somente em ocasiões especiais. Junto à lâmpada há uma relíquia do santo selada pelo Vaticano, um fragmento da unha.
O prédio é atualmente dirigido pelos diocesanos, mas também tem a colaboração dos redentoristas.
A cada última semana de setembro, a igreja e a comunidade recebem devotos para celebrar o santo, a tradicional “Festa de São Benedito”, a qual já foi considerada a maior festividade afrodescendente da América Latina. A festa era dividida em 3 partes: a religiosa, a cultural e a festiva. Hoje permanece a parte religiosa.
As missas ocorrem uma vez por semana, sempre às segundas, às 19 horas. Na primeira segunda do mês, a Irmandade de São Benedito comparece com um traje típico.
Data de Publicação: 31-07-2023
CENTRO DE EXPOSIÇÕES E LAZER “LUIZ ULIANA” (FAIT)
Prédio do Centro de Exposições e Lazer, conhecida como FAIT, foi oficializado em 1979 pelo prefeito Paulo de Souza Alves Filho
FAIT (Feira Agropecuária Industrial de Tietê), popularmente conhecido na cidade como um local, é um espaço denominado Centro de Exposições e Lazer “Luiz Uliana” e destinado a mostras de produção agropecuária.
“Originalmente destinado a posto de monta da Secretaria e Agricultura, o espaço posteriormente, entre os anos de 1969 e 1970, passou a abrigar a produção de sementes e mudas de Tietê, tendo sido também aproveitado para o plantio e a distribuição de mudas de capim para pastagens." (Informativo do local)
Em 1970, “começou a ser destinado a eventos do município e desde então abriga festas de diferentes segmentos, como a Festa Agropecuária e Industrial de Tietê e de São Benedito, esta última de cunho religioso.” (Informativo do local)
Em 1979, pelo decreto nº 633, o local passou a ser denominado oficialmente por Centro Municipal de Lazer e Exposição de Tietê “Luiz Uliana”.
Atualmente é palco para eventos culturais e sedia semanalmente a Feira do Produtor Rural.
Data de Publicação: 25-07-2023
PAÇO MUNICIPAL “CANTIDIO CAMARGO”
Paço Municipal, antigo Fórum de Tietê, foi inaugurado em 1978 por Ruy Silva, Antônio Henrique da Cunha Bueno e pelo prefeito Paulo de Souza Alves Filho
No local onde está o Paço Municipal de Tietê havia a primeira Igreja Matriz (Igreja Matriz Velha) (1812-1905). Em 1960, fora inaugurado o prédio do Fórum, o qual em 1978, passou a ser a sede da Prefeitura.
A inauguração como Paço Municipal se deu no dia 4 de março por Ruy Silva, que na altura era deputado e secretário de Turismo do Estado e representou o governador Paulo Egídio Martins e, por Antônio Henrique da Cunha Bueno, deputado federal.
Atualmente o prédio abriga o Poder Executivo Municipal.
Data de Publicação: 25-07-2023
PONTE “LAMARTINE GARCIA” (Ponte dos Arcos)
Ponte foi inaugurada em 1935 pelo prefeito Lamartine Garcia
Segundo Benedicto Pires de Almeida, em 1845 já havia uma ponte de madeira sobre o rio Tietê, construída de modo particular por moradores.
Popularmente conhecida por “Ponte dos Arcos”, tem estrutura de cimento armado e foi mandada construir pelo Dr. Armando Sales e sua inauguração se deu em 1935. Em 2004, foi nomeada de Ponte “Lamartine Garcia”.
Data de Publicação: 25-07-2023
ESCOLA ESTADUAL “PLÍNIO RODRIGUES DE MORAIS”
Prédio da Escola Estadual “Plínio Rodrigues de Morais”, inaugurado em 1928, sob a administração do prefeito Delphino Martins Bonilha
Denominado Ginásio do Estado (1934), o prédio foi construído em 1928 durante os primeiros anos da República. De 1928 a 1941, a escola atendeu alunos entre 14 e 33 anos. Em 1942, foi nomeada de “Plínio Rodrigues de Morais” em homenagem ao antigo prefeito do Município.
Em 2 de janeiro de 1928, foi criada a Escola Normal Livre de Tietê, a qual oferecia formação para o que se denominou normalistas.
Seu lema é “Seriedade e Tradição” referenciando à qualidade da formação de seus professores e do ensino oferecido pela escola.
A escola atende à educação de cerca de 1000 alunos do Ensino Médio.
Data de Publicação: 25-07-2023
ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE TIETÊ “Prefeito Oswaldo Rodrigues de Moraes”
Prédio da rodoviária, inaugurado em 1988, pelo prefeito Clóvis Pasquali
O Terminal Rodoviário de Tietê foi inaugurado em 8 de outubro de 1988, no governo de Orestes Quércia e na administração do prefeito Clóvis Pasquali. O prédio, de estrutura metálica e cimento, foi um projeto da arquiteta Lyria P. Pasquali.
A estação rodoviária (também conhecida como “rodoviária nova”) foi fundamental em termos de desenvolvimento para Tietê, possibilitando uma melhor mobilidade urbana local e regional.
Data de Publicação: 27-07-2023
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA “LUIZ ANTUNES”
Prédio da Escola “Luiz Antunes”, inaugurado em 1894, sob a administração do prefeito José Antão de Arruda
O denominado Grupo Escolar “Luiz Antunes” foi inaugurado em 15 de outubro de 1894. Um prédio raro, construído no fim de século XIX, como projeto de incentivo às políticas públicas educacionais do estado de São Paulo no início da Primeira República. Em 1896, o grupo teve seus primeiros diretores, Justiniano Freire da Paz e Alfredo de Freitas. Seu lema é de origem latina Mens Sana In Corpore Sano, referência ao poeta romano Juvenal.
Já foi escola estadual e escola de municipal de educação básica. Patrimônio tombado (2010), está ao abrigo do CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e aguarda autorização para restauros.
Data de Publicação: 25-07-2023
AEROCLUBE “FRANCISCO JOSÉ RODRIGUES DE MORAES”
Espaço foi fundado em 1948, na administração do prefeito Nelson de Assumpção Olynto
O Aeroclube de Tietê é um dos locais mais importantes da cidade de Tietê. Fundado a 03 de janeiro de 1948 e escriturado a 14 de outubro daquele ano, o prédio teve como construtor Isnard Scarpa Franzini, que posteriormente deu nome ao hangar. O prédio é mantido por associados e administrado por uma diretoria eleita bianualmente.
O prédio foi fundamental em termos de desenvolvimento urbano à cidade, na medida que a sua fundação propiciou a demanda de melhorias ao território ao redor, tais como o arruamento, a instalação de postes de iluminação e mesmo a criação do bairro.
Dois nomes relevantes para a história do aeroclube e da aviação em Tietê são o de Luiz de Campos Paladini e Luiz Marson (Biquerão), respectivamente. O primeiro, que era fotógrafo, foi membro da diretoria e presidente, sendo também grande incentivador da aviação, dos esportes; foi ele o responsável por conseguir incentivos para a compra de aviões e pela reinauguração do local em 1974 (Clube Aerodesportivo), que havia sido extinto em 1966. O segundo, foi pioneiro da modalidade no município, tendo sido um dos primeiros alunos do clube e que praticou a aviação com seus próprios recursos, tendo ele mesmo a sua aeronave.
O aeroclube já formou pilotos que atuam em grandes empresas aéreas nacionais e internacionais. Atualmente oferece dois cursos de formação: o de piloto privado e o de piloto recreativo.
A estrutura do aeroclube é preparada para a formação de novos alunos e contém uma sala de aula com 20 alunos, um alojamento com quartos feminino e masculino, uma sala de diretoria, uma sala de planejamento de voo, uma sala de briefing e o hangar com 4 aeronaves, sendo 2 próprias e 2 agregadas.
Em 2010, por Lei Ordinária nº 3174, o Aeroclube de Tietê foi denominado de “Prefeito Francisco José Rodrigues de Moraes”.
O espaço (aeródromo) em que está instalada a entidade também dispõe de uma pista destinada ao pouso, à decolagem e às manobras de aeronaves). A pista de pouso é, em termos de propriedade, mista, sendo uma parte do aeroclube e uma parte da Prefeitura do Munícipio de Tietê.
É válido ressaltar que desde 2005, a ANAC (Agência de Aviação Civil) é o órgão fiscalizador dos aeroclubes no Brasil.
Data de Publicação: 25-07-2023
ALBERGUE MUNICIPAL DR. “CÉLIO PEREIRA PONTES”
Prédio do albergue já foi estação de linha férrea e hoje acolhe moradores em situação de rua
O edifício onde se encontra hoje o albergue foi inaugurado em 1882, quando Tietê ainda era comarca.
Segundo Benedicto Pires de Almeida, “o ramal da estrada de ferro sorocabana foi inaugurada em 31 de dezembro de 1882 e abandonada em 1º de janeiro de 1961”. É de importância ainda salientar que “a instalação da comarca foi [...] no mesmo dia da inauguração da estrada de ferro”.
Atualmente o prédio, que é da Prefeitura, cedido para uso social do albergue, atende a moradores em situação de rua da cidade.
Data de Publicação: 25-07-2023
CÂMARA MUNICIPAL PROF. “CELSO BERNARDES DA SILVA”
Prédio da Câmara Municipal de Tietê, inaugurado em 1942, pelo prefeito Olegário Camargo
Nesse local, se situava outra estrutura, inaugurada em 1884, o Teatro “Carlos Gomes”, que funcionou até 1941, quando foi demolido para a construção do novo prédio, o atual prédio da Câmara.
Entre os anos de 1942 a 1978, funcionou em simultâneo no espaço a Prefeitura, a Câmara e o Plenário. Em 2009, se realizou uma reforma no piso térreo em conjunto à instalação dos gabinetes de vereadores.
Data de Publicação: 25-07-2023